“Pobre é a vida de quem precisa de heróis.” Bertold Brecht |
Concordou ou discordou das colocações acima? Tá legal... Mas o fundamental eu não escrevi. O que importa é perguntar: por que está acontecendo essa exposição da privacidade? Respondo com outra pergunta: será que nós mesmos não estamos nos transformando em personagens do BBB? Nossa vida não está sendo também invadida pelas imagens? Afirmo: se estivermos entrando num banco, na portaria de um prédio, se passarmos pela avenida 23 de maio, se digitarmos nossas intimidades ou preferências ideológicas, estamos sendo vigiados. Digo mais: na guerra do Iraque, os satélites tinham a capacidade de se aproximar a 30 cm do relógio de qualquer soldado.
Ora, mergulhamos numa sociedade da imagem. Ora, na diversão (BBB: Big de quê?). Ora, na vigilância. Com argolas da mesma algema de poder: o consumo. Não é mais preciso dar porrada, podemos ser escravos pela própria submissão. Somos bípedes, mas alguns adoram viver de quatro nas palavras de ordem: experimente, experimente, experimente.
Com isso, explodem os individualismos, os corpos narcísicos, as modelos com bundas plastificadas, a adoração religiosa em shows aeróbicos e os amores descartáveis. E, no vazio, por que não inspirar uma carreirinha para preencher a existência. Ou desistência?
E qual é esse poder que nos controla numa vida “fast-food”? Vá ao banco e veja qual o saldo da sua conta. E aproveite para problematizar o seu saldo ou déficit amoroso.
#CausosQueEuNãoEntendo - Big Brother Brasil
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