quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Compra das Eleições

“Eleição é negócio e o voto é a mercadoria mais valiosa”. Isto foi afirmado no filme “Tropa de Elite 2”. Mas será isto verdadeiro? É ou não um espetáculo comercial? Será que ter grana é fundamental para o sucesso político? Eis a resposta: saia nas ruas neste domingo e decifre você mesmo o fato. Por exemplo: quantas pessoas estão sendo pagas i-l-e-g-a-l-m-e-n-t-e para fazer “boca de urna”? Todos os candidatos são contra isto, mas quantos pretendentes fazem isto? E mais: de onde vem tanto dinheiro?

Eis a amostra grátis: para ocupar o legislativo de qualquer média cidade são necessários, por baixo, 300 mil reais. Nas grandes capitais ultrapassa 1 milhão. Ora, de onde vem tanta dinheirama? De dois sacos sem fundo: dos empresários que investem e serão ressarcidos posteriormente na aprovação de seus projetos. E o pior: do nosso próprio bolso que “por fora” engorda o caixa dois deles. Conclusão: somos ou não fichas deste cassino eleitoral?

Mas se um político fica ajoelhado perante o poder econômico, vai ter que rezar ou roubar? Não sei. No entanto, aprendi com Santo Agostinho que o culto ao Santo Dinheiro causa danos: “quem lambe papel pintado fica com mais fome”. Fome da contravenção. Fome de submissão aos poderosos. Fome de fazer “favorzinho” aos desvalidos. Fome de perpetuação das injustiças.

E qual o nome disto? É uma palavra feia: plutocracia. Plutocracia? Definição: “sistema político influenciado pelo dinheiro”. Mas, caro leitor, será que este termo não resvala na profissão mais velha do mundo? Afinal de contas, muitos se vendem em troca de prazeres. Ou não?

E como fica a democracia? Será que soa como um pum?  Apesar disto, a pior atitude é ficar calado como cúmplice do crime. Aliás, da Política vivemos e dela prosseguimos. Bem ou mal. Como? Ao nascer, nosso registro é selado no Ministério da Justiça. Vacinados, ao da Saúde. Na escola, ao da Educação. No emprego, vai ao Ministério do Trabalho. E ao morrer não levaremos nada, nadinha mesmo, do que acumulamos. Que bom...Mas passamos a ganância ou bonança aos filhos. Qual devemos escolher?

Então, neste instante devemos aproveitar as brechas --- o voto deste domingo é essencial --- para elegermos pessoas que não sejam placebos do poder.


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