quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Minha nada mole vida

Estar casado com mulher inteligente é um saco. Ela sempre encontra meios de perturbar nosso sossego, fisgar os nossos pontos fracos. Agora, a minha está a caçoar do final das minhas benditas férias. Afirma: “sua vagabundice vai acabar”. E depois, com voz tremulante: “Está chegando a hora de você trabalhaaarrr... As auuulllas estããão chegando...” E, depois, profetiza: “Nada é tão ruim que não possa ficar ainda pior”.

E, caro leitor, o terrível é que ela tem razão. Voltar para o “basquete” (termo do meu sogro) é uma sacanagem. Ainda mais sendo professor. E por quê?   Nesta merreca escola, a atual, o aluno é vítima de bullying e o professor de burring (burro em inglês). Mas você duvida disto? Pois bem, para confirmar o FEBEAPA (Festival de Besteiras que Assola o País), apresento uma série de “pérolas” que colecionei desde 1998 corrigindo provas. Eis a çabedoria esposta em redassões:

  • Prova um: Capitalismo é o contrário de interiorismo.
  • Prova dois: Quilombo dos Palmares é importante feira onde vende-se muita carne.
  • Prova três: Onde o sol nasce é o nascente, onde ele desce a gente não sabe.
  • Prova quatro: Solon foi o principal ditador da democracia grega.
  • Prova cinco: Tiradentes depois de morto foi enforcado.
  • Prova seis: O hino nacional brasileiro foi feito por Ozonio, o Duque da Estrada.
  • Prova sete: Para renovar o novo é precizo mudar e sair diferente da inovação.
  • Prova oito: Foi Dracon que criou a lei que dizia que a lei era grega.
  • Prova nove: As leis foram criadas na modernidade porque estavam na moda.
  • Prova dez: Professor, eu não entendo o que você explica. É melhor você ditar.

Caro leitor, qual a causa disso? Não sei... Só sei que a culpa não é dos alunos, muito menos dos professores. Da política educacional? Dos empresários de deseducação? Do diabo? Será que somos todos hipócritas ao preferir uma TV LCD 50” em lugar de mobilização social pela cultura?

Um amigo disse que a escola é um oceano onde os professores afundam, os alunos bóiam e os donos passeiam.  E encerro com um fato esclarecedor: estava tomando cafezinho na sala dos professores e falei para um colega:
- Parabéns! Parabéns mesmo, você conseguiu o título de Doutor, vai subir na carreira.
- Fala baixo, Mário Sérgio, senão eles me mandam embora – ele me respondeu.

Conclusão: de escola e da mulher a gente precisa tirar férias!

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